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Monday, June 25, 2007

Metallica - "Pulsando"


The Musician - Violet Miller - 1906
Eu esperei por toda a minha vida
Por você
Eu cavalgo a sujeira, eu cavalgo a maré
Por você
Eu procuro do lado de fora, procuro dentro
Por você
Para ter de volta o que você tomou
Eu sei que sempre vou ser
aquele que procura

Eu esperei por toda a minha vida

Despedaçado
Eu estou despedaçado
Quanto mais eu procuro maior minha necessidade
Por você
Quanto mais eu faço feliz mais eu sangro
Por você
Você me faz esmagar o relógio e sentir
Eu preferia morrer atrás do tempo
O tempo nunca esteve de meu lado
Eu te esperei por toda a minha vida

Me escute
Se eu fechar minha mente no medo
Por favor mantenha aberta
Me olhe
E se minha face se torna sincera

Cuidado
Me abrace

E quando eu começar a me despedaçar
Junte meus pedaços

Salve-me

E quando você me olhar empertigado
Me faça lembrar do que me fez chorar

Nunca te pedi
Mas sempre te dei
Ontem me deu um vazio
E agora me levou a minha sepultura
Nunca te pedi mas sempre te dei
Ontem me deu um vazio

E agora me leve a minha sepultura
Então deixe este coração parar

Deixe seu coração ir
Deixe nosso amor crescer
Amor deixe seu coração ir
Ou deixe este coração parar
Eu preciso de seus braços para me acolher

Músicas: The Outlaw Torn e Mama Said do grupo Metallica - adaptadas

Friday, June 22, 2007

O que é uma crônica?


Tramway - Jean Pougny
Faz muito tempo que tropeço nessa pergunta no momento de classificar um texto. Normalmente fico confuso e tendo a ter dúvidas se o que acabei de escrever é um conto ou uma crônica. Aliás, acho que essa baralhada é mais comum do que se imagina. Navegando pela Internet, notei algumas crônicas com cara de conto e vice-versa.
Depois de me afundar em livros, enciclopédias e links na Web me atrevo a dar uma definição sucinta do que vem a ser uma crônica:

Reflexão a respeito de fatos cotidianos, no qual se incluem doses de sarcasmo e inventividade na percepção dos acontecimentos.

Ou seja, se não se encaixar nisso há uma grande chance de ser um conto.

Outras idéias a respeito:
- Compilação de fatos históricos refletindo, com argúcia e oportunismo, a vida social, a política, os costumes, o cotidiano etc. do seu tempo em livros, jornais e folhetins.

- Artigo de jornal que, em vez de relatar ou comentar acontecimentos do dia, oferece reflexões sobre literatura, teatro, política, acidentes, crimes e processos, e sobre os pequenos fatos da vida cotidiana, enfim, sobre todos os assuntos.

- Coluna de periódicos, assinada, com notícias, comentários, algumas vezes críticos e polêmicos, em torno de atividades culturais (literatura, teatro, cinema etc.), de política, economia, divulgação científica, desportos etc., atualmente tb. abrangendo um noticiário social e mundano

- Relato curto, em primeira pessoa, que narra uma experiência comum, cotidiana e dela tenta extrair alguma conclusão mais ou menos explícita, quase sempre de caráter lírico

- Noticiário a respeito de fatos atuais

- Matérias predominantes da crítica de costumes, a crítica política e social, onde o cronista, em algumas ocasiões, assume o lado das classes menos favorecidas.

- Texto literário breve, em geral narrativo, de trama quase sempre pouco definida e motivos, na maior parte, extraídos do cotidiano imediato

- Seção de um jornal em que são comentados os fatos, as notícias do dia: crônica política, teatral.

- Gênero literário que consiste na apreciação pessoal dos fatos da vida cotidiana.

Fontes:
- HOUAISS, Koogan. Enciclopédia Eletrônica Koogan Houaiss
- BARBOSA, Gustavo. Dicionário de Comunicação. Rio de Janeiro: Campus
- CUNHA, L. Nas páginas do tempo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. p. 14.
- HOUAISS, Koogan. Dicionário Koogan Houaiss. Editora Objetiva
- Jornal (in)formação e ação
Cecília Pavani (Org) – Editora Papirus
http://www.correioescola.com.br/2003/06/04/materia_ces_64549.shtm
- Café Impresso
http://www.cafeimpresso.com.br/Cronicas/2005/050404.htm
-Sá, Jorge de. A Crônica – Editora Ática – 94 págs – 1997
http://www.webwritersbrasil.com.br/detalhe.asp?numero=193
http://www.webwritersbrasil.com.br/arte_croni.asp
- Regina Célia
http://regina.celia.nom.br/lit.1.3histcronica.1.htm

Thursday, June 14, 2007

Tempos passados e o futuro próximo

Desertion - Marsden Hartley
Eu já estou velha e encostada num canto, ninguém mais quer saber de mim. É,... isto sempre acontece quando você fica idosa e não tem mais aquele brilho, não é mais bonita, não é mais gostosa. Tem gente que diz que panela velha é que faz comida boa. Eu sinceramente não acredito, acho que isto é uma farsa. Tem uns que dizem que preferem as mais passadas, pois já estão mais amaciadas. Depois de muito me chutarem e de muitos isolamentos fiquei um bom tempo largada, sem ser tocada. Mas, antes por anos fui acariciada. Com o passar do tempo, a rotina foi mudando. Os encontros passaram a ser vez por outra conforme os dias e anos se sucediam. Os intervalos entre nossos encontros ficavam mais longos.

Bons tempos em que viajei muito, conheci muitos lugares, alguns bons, outros nem tanto. Lembro ainda da primeira vez que vi o mar. Foi em Ipanema. Era um dia de sol, fazia um dia lindo. Quanta gente bonita. E aquela areia, ah... Era macia e limpa, branquinha, branquinha, assim como eu.

É certo que fui mal tratada muitas vezes, mas na maioria das vezes cuidada com extrema doçura. Muitas vezes fui beijada e tratada também como troféu. Nunca me importei com isto, eu até que gostava. Sentia-me mais elevada e via o mundo por cima. Todos gostavam de mim e me disputavam como muita vontade. Uns eram grosseiros. Mas, muitos tinham classe e isto sempre foi o que mais me atraiu num homem, a sua classe e seu modo como me tocava. Aliás, estou com “ele” há mais de 15 anos. Eu o conheci quando ele tinha vinte e poucos anos. Era forte, vigoroso, um corpão, mantido por suas corridas pela Lagoa Rodrigo de Freitas ou pelas Paineiras, um atleta. Gostava de ir comigo para a praia, para o clube, para Búzios... Tinha vezes que não desgrudava de mim e ficávamos o dia inteiro juntos. Adorava quando me envolvia em seus braços.

Passeei por muitos lugares: Aterro do Flamengo, Alto da Boa Vista, Lagoa, Barra da Tijuca e depois: Laranjeiras, Gávea, Niterói, Botafogo, São Cristóvão e até Teresópolis. Enfim, conheci os melhores locais que se podia conhecer.

A minha natureza sempre foi dada para esportes, eu sempre gostei mais de futebol. Minhas irmãs já eram mais chegadas a outros esportes, vôlei, basquete e até tênis. Como eu era mais “fortinha” não servia para o vôlei, em compensação minha irmã mais rechonchuda viu-se logo no basquete, percebi logo que ela nasceu para isto.

Voltando-me para “ele”, sempre o chamei de meu dono, aliás, ele fazia questão de dizer isto a todos. Em algumas ocasiões os outros é que diziam por ele: “é dele”.

A minha idade? Esta eu não revelo, onde já se viu, perguntar isto a uma senhora? Aliás, muitos me chamam de senhora como sinal de respeito, mas eu prefiro ser chamada de você.

Hoje me sinto usada e acabada. Uma inútil. Nunca se devia ficar velha. Estou jogada num canto e lá permaneço. Estou toda flácida, dado o tempo que fiquei largada ao léo.

Gostei muito de ter ido uma vez ao Maracanã para um pelada com os amigos “dele”. Eles alugaram o campo por uma baba, e isto foi só por pouco mais de uma hora e meia. Mas foi uma bela tarde.

Pelada sempre foi uma palavra mágica para mim. No entanto, gostava mais dos campeonatos das coisas à vera mesmo, mas não há quem tire o charme de uma pelada bem disputada.

Nasci em São Paulo, mas logo vim para Rio, Lembro que era época de Copa do Mundo, assim como agora. Fui muito feliz em ter vindo para cá.

Meu dono, agora não me quer mais, assim como eu, está velho e não tem mais energia e disposição para me chutar. Embora muitos da idade dele ainda gostem de um joguinho.

Quem sou eu? Sou a bola que por muitos gramados andei. E agora busco minha redenção, pois é época de Copa e o pessoal decerto quer imitar os craques e os seus ídolos. Sai que é sua Taffarel! Oops, Dida.

Escrito às vésperas da Copa do Mundo de 2006.

Tuesday, June 12, 2007

Frases - Minha Vida

Preciso morrer a cada dia para me sentir mais vivo.

Monday, June 11, 2007

Mau humor não é para qualquer um


Mask of Horror - Jean Carriès
Esposa: Está faltando leite, amor.
Marido: Porra, caralho... Vai comprar...
Esposa: O dinheiro...
Marido: Que merda! Tá pensando que meu dinheiro....
Esposa: É para o bolo do seu aniversário querido.
Marido: Ummmm.... (em tom desconcertado)
Marido: (murmura mais alguma coisa indecifrável)

Friday, June 01, 2007

Ainda indomada


Marylin - Andy Warhol
Aquela loira me deixa louco. Loura falsa é verdade. Talvez por isso mesmo é que fico imaginando o desenho de seus ralos e negros pêlos pubianos. Seus peitos inflam a camisa preta e mostram o acentuado volume. Afagar-lhes não seria má idéia, mas esmagá-los com as mãos é mais convidativo. Depois tirar-lhe os seios, arrancá-los do soutien-gorge mal empregado. Afinal são mais belos quando soltos e irrequietos. Ora, estão se pronunciando num espetar a camisetinha. Largos quadris e nádegas proeminentes realçam o corpo da cavala. Coxas grossas e um capô entre as pernas. Olhar isso de perto deixa sem graça até o mais safado dos moços. Não sou diferente, evito, mas que vem a tentação, e na esguelha espio os contornos. A imaginação vai longe.

E ela continua, se achando segura, pronta para o abate. Sinto um corpo retesado e cheio de vontades ao lhe apertar a cintura. Tensa, muda de postura, vê-se frágil. Pensa em beijos e namorado. O medo de se perder de tesão é o que lhe faz fugir das situações de toques, não gosta de ser tocada. Parece ter maior sensibilidade, daquelas que se entregam às vontades íntimas a qualquer boa investida. Nasceu para isso, sempre pensa. Na verdade não sabe, mas acha que vai bem quando o assunto é sexo.

Quer muito ser fornicada, com força e depois carinhos, é como fica em devaneios.

Copiado do blog: Erótico? (http://erotico.blog-se.com.br)