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Wednesday, December 13, 2006

Novela das Oito Personagens (Um xiste)

É das oito personagens mesmo, não se engane o título deveria ser esse, porque para mim só existem oito papéis diferentes. A libertina, o certinho, o mauzinho, o bêbado, a pinóquio, a balançadinha, o pitboy e a anoréxica.
A piranha é logicamente encarnada pela Daniele Winits, mas ô meretriz cara sô, R$ 5.000,00 pela primeira noite! Alto-padrão. É, pensando bem, a Danielle Winits merece.
Os certinhos são fáceis de achar, tem um monte na trama. Um exemplo é a playmobil na pele da Marjorie Estiano. Playmobil, porque parece um mesmo, com aquele cabelinho liso, colado e curto. Quem é da época dos anos 80, vai lembrar do cabelinho de franjinha que nunca saía do lugar. Se não sabe o que é, vai procurar na Internet pô. Além disso, ela também faz o estilo assexuado. Nos brinquedinhos era igual, sem diferenciação entre bonequinhos “machos e fêmeas”, a não ser por algum acessório, pois eles eram todos retos. No caso da Marjorie, ela não é reta, mas se comporta como tal. Sexo, hã, o que é isto?
Outra que me diverte é a pinóquio, mas não é por causa das mentiras que ela leva este codinome e sim por causa das vestimentas e do corte de cabelo. Já reparou como a namoradinha do Jorge está sempre em casa com aquelas bermudas e camisas que lembram o personagem, o filho do Geppetto, da obra de Collodi. Coitada da Christine Fernandes.
Os mauzinhos são figurinhas fáceis, o engraçado é que eles são sempre maus, e nem um pouco bons. O Maneco até já se tocou e tem dado um tom mais humano para alguns, pois tava muito estereotipado. Assim como também tem feito com os certinhos, que no começo estavam à beira de serem canonizados, agora têm escorregado um pouco no quiabo.
O bêbado era e foi um caso à parte, embora às vezes caricato, ele sempre um dos mais normais de todos, com muitas fraquezas e erros. Mas o pior é que só tem problemas, será que o cara não tem nenhum predicado? Será que ele sabe lavar pratos? Pelo visto nem isto, pelo menos até agora.
Outro que se aproxima mais do real é o pitboy, Felipe, o filhinho de papai que é grosso, malandro, só toma fora e só faz M. É o mau caráter da novela, mas o cara não faz nada certo, além, é claro de ter traçado a Nina. Se bem que da última vez mostrou um certo desembaraço com o laptop do Jorge. Deve ser por causa do sexo virtual!
Outra um pouco mais parecida com gente terrena, com defeitos, mas com virtudes e até, em número maior é a Helena, a “balançadinha”. Para ela estou esperando o dia ela fará uma cena em que não balance a cabeça. O pior é que nem loira ela é, senão podia se justificar que era para pegar no tranco.
Bem vou me despedindo com a anoréxica. A que quer dar lição de como se comer para a adolescente gordinha. Diz para a menina que ela tem que se alimentar direito, etcetera e tal. Mas, reparem só no shape dela. Dizem que a televisão engorda cinco quilos, pois é, estou pensando de como o câmera faz para pegar a Deborah Evelyn de lado. Acho que deve parecer mais com um fantasma que a Nanda. Só que esta ainda última de vez em quando aparece, a outra byside eu duvido muito. Maneco se liga! Não podia ter escolhido uma atriz mais “cheinha” para que o papel fosse coerente? Como pode uma anoréxica falar para a filha sobre crises de bulimia e vômitos provocados? Ou será que me enganei e teremos revelações ao final, mostrando que a filha seguiu uma tendência genética…hahahaha.

Tuesday, December 05, 2006

Hyper Romance

Estamos escrevendo um Hyper Romance, eu e o Cláudio Soares no qual ele escreve os capítulos ímpares. Nos pares, tomo a participação e repasso na semana seguinte. A idéia é escrever uma história ao longo de um ano.

Portanto toda semana há uma novidade, uma reviravolta, as atualizações são feitas até sexta-feira.

Friday, October 27, 2006

Nova York, Cidade dos “Todos”


Nova York, Cidade dos “Todos”, por Carlos Zev Solano (*)

Todos os doidos estão lá, todas as modas dão seu ar da graça naquele lugar, todas as raças, credos, nacionalidades aparecem por ali. Onde mais se encontram pessoas que saem correndo dos prédios já pela manhã? E donde vem aquela praticidade que lhes é familiar? Você, por acaso, em algum momento se deparou com as embalagens deles? São demais, tudo abre como um simples ziper. Sabe aquela guloseima que de tão mal embalada demora-se horas para abrir e quando abre caí tudo no chão e você morre de raiva? Pois é, isto é impensável nesta cidade. Todas as embalagens são simples.

Aliás, outra particularidade é que toda e qualquer cena inusitada se vê por lá. E o mais curioso é que todos fazem aquele olhar blasé, como se nada estivesse acontecendo. Pode-se encontrar numa esquina o Stomp dando um show, no meio da rua, em plena Times Square e tem-se a impressão que é a coisa mais normal do mundo. E que tal entrar numa boate e somente ser capaz, passados alguns minutos, perceber que está num salão de beleza?! E se do nada você se depara com uma loura linda totalmente nua protestando contra a venda de peles de animal em pleno e rigoroso inverno nova-iorquino? O que pensar de um local assim? Lá, até mesmo o conhecido mau-humor dos sitiantes possibilita cenas incomuns, imagine um daqueles postes – a impressão que se tem é que todos os policiais têm mais de dois metros – fazendo poses ao direcionar o trânsito. E uns gays que saem com suas calças totalmente transparentes usando calcinhas vermelhas por baixo? Impossível não chamar a atenção não é? No entanto, depois de um tempo, você acostuma, pois estas cenas são mais comuns do que se idéie. Lembra daquele maluco corredor? Pois é, a vontade que tive no primeiro dia, logo ao chegar, foi parar o sujeito que saía correndo pela portaria e perguntar: “Hei, aonde se vai com tanta pressa?” ou ainda “Você também corre dentro elevador ou veio mesmo pela escada?”.


Outra, tem uma pizzaria fast-food na Rua 34 em que o atendente nunca espera você pensar no seu pedido. Titubeou por um segundo, ele dispara: “next”, ou seja, bobeou, volta para o fim da fila. Na hora dá vontade de soltar um palavrão, mas a cena é tão cômica que você se vê lá parado com cara de babaca e desanda a rir. O que fazer diante de um sujeito que nem pisca e berra “next” umas duas mil vezes por dia?


Esta é Nova York, uma cidade levada a sério por todos, mas hilária com todos,... Todos estes nova-iorquinos, todos loucos.



(*) Jornalista

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